Vereadores contrários à desocupação de área no Cidade Universitária

Para João Luiz, área desapropriada para construção de via pode ser urbanizada com a permanência das 53 famílias Durante a sessão desta terça-feira (17), o vereador João Luiz (DEM) saiu em defesa de 53 famílias que ocupam uma área nas proximidades da Cidade Universitária e que receberam uma ordem de despejo. Ele disse que a comunidade está no local há mais de 20 anos e que não tem para onde ir caso ocorra a desocupação. A extensão da ocupação envolve áreas públicas e privadas – que já foram desapropriadas pelo município. O motivo da ordem judicial é a construção de uma nova avenida ligando o Eustáquio Gomes ao Village Campestre. João Luiz explicou que a área pode muito bem ser urbanizada com a permanência das famílias que estão no local e que não têm alternativa de mudança. Ele reforçou que são pessoas carentes e que não estão resguardadas em nenhum programa habitacional do governo federal – o que dificulta ainda mais a situação e amplia o desespero. “Não podemos é jogar essas pessoas no meio da rua, sem um teto. Sabemos da importância dessa nova via, mas muito mais importante é a moradia dessas famílias”, destacou. O vereador Silvânio Barbosa (PSB) saiu em defesa da permanência dos moradores ao mesmo tempo em que destacou a necessidade da Prefeitura de Maceió iniciar um projeto de regularização fundiária. “Esse trabalho tem que ser feito para que os erros cometidos por gestores anteriores, que permitiram a invasão de diversas áreas de risco e públicas espalhadas pela capital, seja corrigido o mais rápido possível”. Silvânio criticou a ausência de uma política de ocupação do solo urbano e observou que algumas tragédias que são registradas no município são fruto do descaso de quem tem que fiscalizar e gerir o crescimento ordenado da cidade.